Minha História
Sou Everson Akio Sakô tenho 34 anos, sou nascido Registro — SP. A vontade de fazer medicina começou com dez anos, minha avó teve uma condição bem grave na época que era uma de secção da aorta torácica, ela precisou operar, uma cirurgia bem delicada com uma perspectiva ruim de pós-operatório. Lembro que ela voltou muito bem para casa, minha mãe fez um almoço que ela adorou até pensou que tinha mais sal do que a comida do hospital. Ela viveu por mais dez anos muito bem. Achei o quão incrível a capacidade da medicina e dos profissionais de saúde de conseguir modificar muitas vezes a história natural da doença e de intervir de maneira tão direta em uma família, uma vida. Isso me inspirou muito com certeza a virar médico. Eu era um menino estudioso, não era o melhor da escola, mas era esforçado, acredito que existe o que é acima da média que nasce gênio e tem aqueles que não são e tem que ser esforçados, estou nesse grupo e lutei muito para poder estar entre os melhores.
Registro não me proporcionou uma educação suficiente, fiquei três anos estudando em São Paulo fazendo um curso no Anglo Tamandaré, sou muito grato, depois de muito ralar, muito investimento dos pais sem os quais não sou ninguém e nem faria nada do que posso estar realizando hoje em dia, passei na faculdade de Medicina de Marília, mais de 600 quilômetros de casa, uma das dez melhores do estado, porém, método ativo PBL (problem based learning), uma incógnita diante de tanta dificuldade de expressão. Tive sucesso na prova de residência me formei, fiquei um ano em registro na minha cidade, pude voltar como médico não mais como uma criança que saí um dia. Trabalhei em Hospital São João na UPA, no Hospital São José, sou muito grato aprendi muito por um ano eu consegui aplicar todo o conhecimento que fui ganhando através de muito estudo de novo.
Iniciei minha formação, passei em várias provas de residência e escolhi o HC em São Paulo fiquei um ano e meio, por forças maiores tive que transferir, encerrei minha formação em Sorocaba no Conjunto Hospitalar, que sou muito grato, onde pude me formar em neurocirurgião, me tornar em quem sonhei um dia, participar ativamente da história natural de muitas doenças.
Assim como os cardíacos foram para minha avó, pude cuidar de muitas famílias, de muitos pacientes, muitas vidas, uma responsabilidade tamanha que nem sei como era possível, com ritmo alucinante no Hospital SUS em que tinha de trabalhar com pouco recurso e tentar fazer o melhor pelos pacientes. Enfim acabei minha formação em 2020, sou formado há quase dois anos e sigo minha carreira.